Os servidores da PolÃcia Civil de Goiás que atuam nos Institutos Médicos Legais (IMLs) do estado não irão mais fazer o serviço de necropsia nos corpos no perÃodo noturno. O órgão funciona 24 horas por dia, mas devido à adesão dos profissionais à greve dos agentes e escrivães, que já dura 33 dias, os funcionários irão trabalhar somente das 8h à s 18h, por tempo indeterminado. A decisão foi tomanda nesta segunda-feira (21).
Além disso, de acordo com Silveira Alves, presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Goiás (Sinpol-GO), também ficou determinado em assembleia que, em qualquer horário do dia, os corpos só serão recolhidos com requisições assinadas por delegados. Por conta do novo tipo de operação, a liberação de alguns corpos deve demorar até 24 horas.
"Quanto às requisições, acho que não teremos problemas. Mas os corpos que chegarem após o expediente só passarão pela necropsia na manhã seguinte", disse Alves. Segundo ele, a paralisação afetará cerca de 90 servidores do órgão em todo o estado.
Os funcionários que aderiram à greve são os auxiliares de autópsia, papiloscopistas, auxiliares de laboratório, identificadores, classificadores, fotógrafos e desenhistas criminais. Somente os peritos criminais e os médicos legistas continuarão trabalhando sem interrupções.
Conforme explica Silveira Alves, os funcionários dos IML reclamam da falta de efetivo e reivindicam os mesmo aumentos de salários que querem agentes e escrivães: de R$ 3.062,68 para R$ 7.250,00. O presidente do Sinpol afirma que a proposta da categoria já foi encaminhada para análise do deputado estadual Marcos Martins (PSDB), representante do governo na assembleia.
O sindicato irá realizar na próxima semana uma assembleia geral para avaliar se continua ou não com a paralisação.
A direção do IML informou que já recebeu a normativa de greve e que irá acatar a decisão de paralisação dos funcionários.
Fonte: G1 Goiás
Adaptações: Rádio Eldorado/Eduardo Candido